Saúde Lagarta do Pinheiro - A má da fita

Nome alternatico, lagarta processionárias

Thaumetopoea pityocampa, conhecida por lagarta do pinheiro e largamente espalhada por toda a Península Ibérica, possui 8 receptáculos com mais de 100.000 pêlos urticantes e é extremamente tóxica para os cães e humanos.
Qual vilã, ao mover-se, a lagarta abre estes receptáculos e liberta uma quantidade enorme de pêlos aumentando a possibilidade de intoxicação de um animal ou de uma pessoa que entre em contacto com eles. Estes pêlos libertados funcionam como agulhas, injetando as substâncias tóxicas na pele ou mucosas.
Entre Fevereiro e Maio as lagartas abandonam as árvores para se enterrarem no solo, sendo, a partir desta altura do ano até ao verão, a probabilidade de o cão estabelecer contacto direto com as lagartas do pinheiro mais provável,  através do cheiro ou toque (estas lagartas deslocam-se em fila, daí serem também conhecidas por processionárias).
Na maioria das vezes,a parte do corpo do cão mais afetada é a cabeça (lábios, a mucosa oral e a língua).
Nome alternatico, lagarta processionárias
Se costuma passear o seu cão em zonas com pinheiros, tenha particular atenção ao aparecimento súbito destes sintomas (principalmente a seguir a passeios) e recorra ao seu veterinário com a maior brevidade possível:
  • focinho inchado (edema da face);
  • língua preta ou com aspecto queimado (ulceração da ponta da língua);
  • salivação excessiva (ptialismo);
  • falta de apetite ou dificuldade na preensão dos alimentos;
Caso esteja a passear o seu cão e verifique que este entra em contato com lagartas do pinheiro, deverá lavar imediatamente a zona afetada de forma abundante (é muito importante não friccionar para evitar a rutura dos pêlos e libertação do veneno bem como não entrar em contacto direto com a zona afetada uma vez que é igualmente tóxica para os humanos) e dirigir-se imediatamente ao seu veterinário.

Bibliografia: *Oliveira, P. et al., Cinco casos clínicos de intoxicação por contacto com a larva Thaumetopoea pityocampa em cães, RPCV (2003) 98 (547) 151-156.

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